terça-feira, 5 de agosto de 2014

Dieta anticâncer: qual é a relação entre alimentação e a doença?

Dieta anticâncer: qual é a relação entre alimentação e a doença?

Cerca de 3% de todos os cânceres no mundo são causados pela ingestão de certos tipos de alimentos. Pode parecer irrelevante, mas o radioterapeuta e professor Dr. Luis Pinillos Ashton garante que a dieta merece atenção especial quando se fala na prevenção da doença. “Mais do que o tipo de comida, a quantidade ingerida precisa ser controlada, já que o excesso de calorias é um fator de risco para o câncer”, alerta o especialista, que é ex-ministro da Saúde do Peru e fundador do Instituto Internacional de Investigação para a Prevenção (IPRI, na sigla em inglês). Leia também:
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Risco de câncer de mama aumenta 7% a cada taça de vinho, diz especialista Até pouco tempo atrás, acreditava-se que a alimentação era causadora de 30% a 40% dos cânceres. Porém, hoje se sabe que ela, sozinha, representa apenas 3% das causas e que os fatores relacionados, como sobrepeso, sedentarismo e quantidade de calorias consumidas, são, combinados, os responsáveis pela porcentagem restante (até 37%). Apesar das pesquisas contínuas nesta área, o que se tem de comprovação ainda é muito pouco. “Ainda estamos aprendendo muito sobre o papel da nutrição na prevenção e causa do câncer. Porém, posso dizer que a grande maioria das informações divulgadas sobre essa relação é mito”, afirma o especialista. Ele cita alguns dos nutrientes e vitaminas que já foram considerados fatores preventivos e, mais tarde, tiveram sua eficácia descartada por estudos mais aprofundados: o betacaroteno, presente na cenoura, laranja, abóbora, etc., não protege contra o câncer e pode até aumentar o risco de tumor no pulmão; as vitaminas A, C e E (tomate, folhas verdes escuras, nozes, etc.) não tiveram sua eficácia comprovada; testes realizados com suplementação de selênio não foram conclusivos, dentre outros dados desmentidos.

Relação entre dieta e câncer

Mas então, qual é a real interligação entre esses dois fatores? Dr. Pillinos e outros especialistas defendem que, apesar das informações pouco conclusivas e muitas vezes enganosas, existem, sim, alimentos e hábitos alimentares capazes de reduzir o risco do câncer. Veja abaixo quais são as principais orientações:

Frutas e verduras. Atualmente, consumir 5 porções diárias destes alimentos é a principal recomendação que os especialistas dão para a prevenção do câncer. ‘Elas são as fontes naturais das vitaminas e, por isso, funcionam melhor do que a suplementação em cápsulas. Estes alimentos também nos garantem a quantidade necessária de antioxidantes, que ajudam a combater o desenvolvimento do câncer’, explica o médico.

Dieta de baixa caloria. ‘Calorias são graves, é preciso contar e controlar a quantidade ingerida. O sobrepeso é o vilão do câncer', alerta. Porém, o especialista ressalta que de nada adianta uma dieta saudável sem o acompanhamento de exercícios físicos: os dois têm de andar lado a lado.

Farinhas brancas. Assim como os açúcares e outros alimentos que engordam, devem ser evitadas.

Gorduras. Elas provocam a oxidação das células, favorecendo o desenvolvimento do câncer. É preciso evitar o consumo exagerado. Porém, Dr. Pillinos pontua que a carne vermelha, por exemplo, que era tida como vilã devido ao alto teor de gordura, já não é considerada um fator de risco importante. 'Se você incluir vegetais no prato, terá antioxidantes suficientes para neutralizar o efeito nocivo da carne', diz.

Fibras. Segundo explica Luciana Preger, gerente médica da área de oncologia da farmacêutica Roche, elas ajudam a prevenir o câncer de cólon e de reto. Aposte nas cascas de frutas e verduras e grãos cereais integrais.
Bebida alcoólica. Em excesso, é um fator de risco seríssimo para vários tipos de câncer. Quando associada ao tabagismo, torna-se ainda mais perigosa. Segundo Dr. Pillinos, a mulher que tem o costume de beber ganha 7% a mais de risco de desenvolver câncer de mama a cada taça de vinho.
Alho. Estudos preliminares sugerem que o consumo deste alimento pode ajudar a reduzir o risco de alguns tipos de câncer, como o gastrointestinal. Porém, além de a pesquisa ainda não ter avançado, não se sabe ao certo a quantidade necessária que se precisaria ingerir para conseguir os benefícios. É importante pontuar que, apesar de o consumo regular de alho não causar nenhum problema, seu excesso pode gerar efeitos negativos, como irritação do estômago. *A repórter Marianna Feiteiro viajou entre 16 e 18 de julho de 2014 a Guadalajara, no México, a convite da Roche Brasil para evento para jornalistas da América Latina com objetivo de discutir os avanços da saúde na região, inovação e biotecnologia.
Cerca de 3% de todos os cânceres no mundo são causados pela ingestão de certos tipos de alimentos. Pode parecer irrelevante, mas o radioterapeuta e professor Dr. Luis Pinillos Ashton garante que a dieta merece atenção especial quando se fala na prevenção da doença. “Mais do que o tipo de comida, a quantidade ingerida precisa [...]

Categoria: Saúde
Autor: Marianna Feiteiro
Publicado em: Thu, 31 Jul 2014 19:00:44 +0000
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